Uma pesquisa realizada pela Healthy Sight Institute, intitulada “Mulheres e visão: por que elas sofrem mais?”, revelou que as mulheres desenvolvem mais problemas oculares do que os homens. O levantamento feito no Brasil e em outros sete países mostrou que as brasileiras reclamam com mais frequência de problemas nos olhos do que os brasileiros, e 57% das mulheres dizem ter problemas na visão, enquanto o percentual masculino é de 47%.
O médico oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos, Samuel Duarte explicou que atualmente a expectativa de vida do sexo feminino é maior do que a do sexo masculino. Sendo assim, é esperado que as mulheres sofram de enfermidades relacionadas a idade avançada, como a catarata, degeneração macular e retinopatia diabética. “Além destas enfermidades, os ‘olhos secos’ são tipicamente comuns nas mulheres e uma das causas da falta de lubrificação dos olhos são as alterações hormonais provenientes da menopausa. Não podemos esquecer que o glaucoma é frequente no sexo feminino e que esta doença é silenciosa, com poucos sintomas, mas que pode evoluir desfavoravelmente”, esclarece.
Uso de anticoncepcional e a menopausa
O médico ainda explica que o uso de anticoncepcional ou a chegada da menopausa podem influenciar negativamente na visão feminina. “As pílulas anticoncepcionais podem aumentar o risco de eventos trombóticos ou tromboembólicos sistêmicos e oculares. Assim, há o risco de oclusão dos vasos sanguíneos da retina, o que leva a prejuízo grave da visão.”
Na menopausa, as alterações ocorrem devido a mudanças do filme lacrimal. “Nos olhos também ocorrem alguns efeitos da menopausa, dentre eles a síndrome dos olhos secos, que leva à sensibilidade a luz, coceira, sensação de corpo estranho e embaçamento visual que melhora ao piscar”, esclarece o oftalmologista.
Além disso, o médico alertou para a possibilidade de desenvolver a catarata. “As chances de a mulher desenvolver a catarata também aumentam durante a menopausa, já que há déficit na produção do estrogênio e este hormônio é capaz de inibir algumas proteínas responsáveis por induzir a formação da catarata”, explica.
Fonte: Portal de jornalismo IESB.
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